(Re)pensar o Sentido da Greve

Foram poucos os transportes públicos que funcionaram, não se avistavam autocarros nas estradas, as ruas pareciam desertas e muitas empresas não produziram neste dia.

Podíamos encontrar a resposta à questão destas irregularidades passando por um quiosque e lermos as manchetes ou ligarmos a televisão. Liamos em letras bem grandes “GREVE GERAL 24 DE NOVEMBRO” .

Durante o dia os principais meios de comunicação acompanharam esta greve passo a passo revelando tudo o que se passou. Ouvem-se os depoimentos dos portugueses e no início da noite temos acesso a um apanhado da adesão e das manifestações. Os portugueses dividem-se, entre os que querem uma mudança e os que vão trabalhar justificando com o “estamos em crise...”.

Apesar de ter sido a maior greve geral concordo com o artigo de opinião no site da Sic Notícias pelo jornalista Pedro Cruz: “Esta greve geral é mais simbólica do que eficaz. E se é para ser simbólica, se calhar não era mal visto terem pensado numa manifestação conjunta ao Sábado.” O jornalista Pedro Cruz afirma também e com razão, na minha opinião, que os portugueses dão parte fraca, limitam-se a ficar em casa só porque vão ter algumas dificuldades ao longo do dia.

Concordo perfeitamente que as pessoas se manifestem e lutem pelos os seus interesses, mas com a situação que o país está atravessar talvez seria melhor não criarem o caos, mas sim tentando outros meios para se fazerem ouvir.